A varíola dos macacos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma emergência de saúde global, o que significa que ela apresenta um risco real de se espalhar por diversos países, precisando haver uma resposta internacional organizada. Diante disso, algumas ações já foram tomadas pelos governos ao redor do mundo.
O Brasil, por exemplo, encomendou doses da vacina contra a varíola dos macacos junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e à Organização Mundial de Saúde (OMS). A expectativa é que as 50 mil doses cheguem em breve ao país: 20 mil no final de agosto e 30 mil no começo de setembro.
Como será a vacinação contra a varíola dos macacos?
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o cronograma de vacinação vai começar priorizando os profissionais da saúde que estão atendendo pacientes diagnosticados com a varíola.
Além disso, conforme explicado em entrevista à CNN pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, existe a perspectiva do Brasil produzir a vacina em solo nacional. Isso porque a Fiocruz e o Butantan são laboratórios capazes de desenvolver o imunizante, desde que tenham o banco de células necessário.
A vacina contra a varíola tradicional é eficaz?
Embora a OMS tenha divulgado que a vacina contra a varíola tradicional seja até 85% eficaz contra a varíola dos macacos, não existe um consenso na comunidade científica sobre o assunto.
De qualquer forma, os brasileiros que teriam esse tipo de proteção seriam apenas aqueles nascidos antes da década de 1980, uma vez que a campanha de imunização contra a varíola tradicional foi encerrada na década de 1970, pois a doença foi considerada erradicada em 1973.
Por enquanto, a melhor forma da população geral se proteger é evitar o contato com pessoas infectadas, utilizar máscaras, manter a higienização das mãos frequentes e não compartilhar objetos pessoais.