A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou há pouco tempo um documento sobre saúde mental, o qual é considerado a maior revisão mundial sobre o assunto desde a virada do século. De uma forma resumida, o relatório pede que tomadores de decisão intensifiquem o compromisso para a mudança de atitude em relação à tratativa sobre saúde emocional, estimulando ações que reforcem os cuidados da população e que façam com que governos coloquem essa temática sempre em pauta.
Por que é importante intensificar ações sobre saúde mental?
A melhor forma de responder a essa pergunta é mostrando alguns números:
- Em 2019, quase 1 bilhão de pessoas (incluindo 14% dos adolescentes do mundo) tinham algum tipo de transtorno mental.
- O suicídio foi responsável por mais de 1 em cada 100 mortes no mundo em 2019.
- 58% dos suicídios ocorreram com pessoas com menos de 50 anos de idade.
- Pessoas com condições graves de saúde emocional morrem, em média, 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral.
- 71% das pessoas com psicose em todo o mundo não acessam serviços de saúde mental.
Impressionante, não é mesmo?! Foi com base nesses e em outros dados que a OMS elaborou o documento que pede ações mais eficazes e assertivas em relação aos cuidados que envolvem os transtornos mentais. Afinal, de acordo com o próprio diretor-geral da instituição, ‘a boa saúde mental se traduz em boa saúde física. O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos’.
A boa notícia é que todos os 194 Estados Membros da OMS assinaram o Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030, concordando com metas globais para transformar a saúde emocional. Com isso, todos se comprometeram com três metas globais: aprofundar o valor e o compromisso que damos à saúde emocional; reorganizar os entornos que influenciam a saúde mental, incluindo lares, comunidades, escolas, locais de trabalho e serviços de saúde; reforçar a atenção à saúde emocional mudando os lugares, modalidades e pessoas que oferecem e recebem os serviços.